Atualmente, os problemas respiratórios na infância estão cada vez mais freqüentes, porém pouca gente sabe da relação desses problemas com os problemas ortodônticos, principalmente nas crianças que respiram constantemente pela boca.
A respiração é junto com a mastigação um dos principais fatores que contribuem para o correto desenvolvimento dos ossos maxilares e conseqüentemente um correto posicionamento dos dentes.
Quando a criança passa a respirar pela boca, várias alterações começam a ocorrer:
- Passa a manter a boca aberta a maior parte do tempo.
- A língua passa a ficar mais baixa, junto ao assoalho da boca.
- Para facilitar a respiração bucal, projeta a cabeça para frente, esticando o pescoço, mudando a postura da coluna cervical.
O respirador bucal apresenta uma face característica:
- Nariz estreito;
- Narinas afiladas;
- Lábio superior curto;
- Boca entreaberta;
- Olheiras acentuadas.
Também pode apresentar baixo rendimento escolar, ser irrequieto, sonolento, apresentar cansaço intenso com pouco exercício físico, ronca e baba durante a noite e é um forte candidato a apresentar apnéia do sono ainda na infância.
É um problema sério, que envolve no tratamento vários profissionais, entre eles: o otorrinolaringologista, o ortodontista, o fonoaudiólogo e fisioterapeuta.
Como toda alteração que envolve o crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e arcadas dentárias, o tratamento ortodôntico das seqüelas da respiração bucal deve ser o mais precoce possível, mesmo enquanto a criança ainda tem os dentes de leite, para que essas alterações não se perpetuem durante o crescimento da criança, tornando mais difícil seu tratamento no futuro.