A Apnéia Obstrutiva
do Sono é um distúrbio caracterizado por paradas respiratórias de pelo
menos 10 segundos durante o sono. Isso acontece porque há um relaxamento
das estruturas da região da garganta e faringe que fazem com que ocorra
um bloqueio da passagem do ar nessa região. Ao contrário do que muitos
pensam essa não é uma doença nova, sempre existiu, mas antes não era
tratada. As pessoas com essa doença tratavam da pressão alta, sofriam
derrames e até ataques cardíacos e não sabiam que esses problemas eram
decorrentes da Apnéia.
Esse distúrbio é muito comum, quem não se lembra de um tio ou um parente
que quando há reunião de família ninguém quer dormir próximo a ele
porque ronca muito e engasga durante a noite. As pessoas não se
preocupam com o ronco acham que é comum roncar e até divertem-se com
histórias sobre o tema. Aí está o grande perigo!
O ronco é um forte indicador da apnéia, é o “alarme”. Por isso, as
cirurgias para ronco devem ser indicadas com muita cautela e por médicos
com conhecimento na área de Medicina do Sono, pois muitas vezes a
pessoa sofre de apnéia e ronca muito, quando a cirurgia causa alguma
melhora temporária no ronco a pessoa não se preocupa mais com o problema
e pode sofrer graves consequências pois a apnéia pode ainda estar
presente. Hoje em dia se dá mais atenção a essa doença, pois a população
em geral tem maior conhecimento do problema e procura ajuda. Outro
fator positivo é o desenvolvimento de pesquisas e estudos nessa área que
proporcionaram tratamentos mais conservadores e com enorme índice de
sucesso, como a placa intra-oral e o CPAP.
Os aparelhos de pressão positiva (CPAP) que são compostos de um
compressor de ar, de um tubo e uma máscara que, injetando ar nas vias
aéreas, mantém as paredes da faringe afastadas e impede o colapso da via
aérea. Tem sua indicação principal nos casos de apnéias
leves,moderadas ou graves. São adaptados pelo médico especialista em
sono.
Os aparelhos orais que são placas presas aos dentes, que se articulam
entre si avançando a mandíbula e com isso afastam os tecidos da
garganta, evitando o ronco e a apnéia do sono. De fácil adaptação, são
indicados nos casos de ronco primário (sem apnéia) e nas apnéias
obstrutivas leves e moderadas. Tem sido a alternativa mais conservadora
no tratamento do ronco e da apnéia do sono. São adaptados por dentistas
com conhecimento e treinamento em medicina do sono.
Como devo proceder para fazer o aparelho? Em primeiro lugar é preciso
fazer uma avaliação, onde o dentista verificará as condições para a
colocação do aparelho, se é necessário fazer alguns exames
complementares, radiografias ou exames médicos complementares, também é
avaliada a condição dentária verificando possíveis problemas que
precisem ser tratados antes da colocação do aparelho.