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A odontogeriatria em ação

CFO alerta a higienização bucal em idosos

O cuidado com higienização bucal é primordial para os idosos. Há muito tempo, quando os tratamentos dentários eram escassos, as pessoas não tinham noções de prevenção, de higienização e nem informações como hoje. Em vez de tratamentos voltados à necessidade da pessoa, os dentes eram logo extraídos. Hoje, já existe um profissional voltado para o tema, é o Odontogeriatra que cuida muito bem dos dentes do idoso.

Era comum a pessoa chegar à terceira idade sem os dentes naturais e isso era prejudicial até à saúde como um todo. Ter os dentes garante maior eficiência mastigatória e a possibilidade de ingerir uma dieta mais adequada à melhor saúde geral, e um melhor enfrentamento das doenças mais comuns na terceira idade.

Hoje, existe mais Postos de Saúde, Postos em Escolas, Clínicas em Faculdades de Odontologia e Entidades de Classe por todo o Brasil, mas isto não quer dizer que façam programas preventivos consistentes e permanentes em seus atendimentos. É preciso conscientizar a todos que a prevenção deve ser levada a sério, dessa forma vai existir mais saúde.

“Os idosos estão mais sujeitos a doenças: boca mal cuidada e diabetes altas/descontroladas estão claramente comprovadas. A doença gengival/periodontal permite que bactérias da boca entrem pela corrente sanguínea e acabem ajudando na formação dos trombos que entopem os vasos e artérias. Uma doença muito pouco comentada é a pneumonia, onde a cada tossida do paciente, bactérias pulmonares perigosíssimas vão para a boca e se instalam  lá na porção posterior da língua e se multiplicam reinfeccionado o paciente quando são engolidas. Isto sem falar das artrites e reumatismo (19,1% de incidência entre idosos de 75 ou mais anos) que debilitam o paciente e dificultam, muitas vezes, a obtenção de uma excelente limpeza dos dentes tão importante nesta fase da vida. Um assunto influencia o outro, afinal, somos um corpo só, tudo está interligado”, ressalta o cirurgião-dentista.

Dr. Fernando Luiz Brunetti Montenegro ainda destaca, “Os idosos podem e devem: ter seus dentes naturais salvos até o último dos recursos; receberem ensinamentos preventivos que nunca tiveram quando eram jovens e receberem próteses bem feitas e controladas constantemente. Tudo o que ocorrer em sua boca, especialmente a diminuição do fluxo salivar, deve ser contada e discutida com os profissionais” conclui.

 

TEXTO: Odontologia em Revista // Edição Jan./Mar. 2016 // Fique por dentro // Pag.:16